2014.02.13 - Hatebreed + The Exploited + Napalm Death + Primal Attack - República da Música

Já se previa a enchente, o calor, o fumo, etc, portanto, quanto a isso não há nada a apontar pois já sabia ao que ia. Extensa banca de merchandise, das bandas ao festival, havia tudo e mais um par de botas! Estes gajos do Ressurection são inteligentes. Fazem esta tour europeia em nome do festival e assim angariam a curiosidade de o visitar. Bem visto!

A noite abriu com PRIMAL ATTACK e já só vi o último tema que contou com a colaboração do Hugo de Switchtense. De seguida, os pais do grindcore, NAPALM DEATH. Comentei que ainda não tinha visto ND com um som em condições e ontem, mais uma vez, a tradição manteve-se. Som horrível, médios por tudo quanto era sítio, micro do Barney com problemas, enfim, até custa a acreditar. As músicas soaram a nada, extremamente descaracterizadas (e não é por ser só uma guitarra), sem power. Por exemplo, a "Suffer the Children" até doeu! Quem não conhece fica à nora! Kudos para o "técnico" da mesa que nunca tirou a música de fundo...

De seguida, o meu principal motivo de me enfiar naquele buraco de sardinhas em lata: THE EXPLOITED!
Estupidamente, já os tinha perdido duas vezes e à terceira era de vez! Ia com algum cepticismo em relação a este novo guitarrista - Matt - (já tinha visto alguns vídeos e, talvez fosse do som, não tinha ficado muito convencido) mas comprovou que é um enorme guitarrista, mantém a traça original, não aldraba nos solos, enfim, aprovado! Já no fim, Wattie foi-se abaixo, o irmão veio ao micro dizer que ele estava mal e que tinha de ir para o hospital. Mas tirando este infeliz acidente (recupera depressa lêndea viva do punk), o concerto foi brutal com frenético pit do princípio ao fim e saciou a minha fome de os ver ao vivo. Parece que vem novo álbum este ano!

Já tinha visto os HATEBREED em Corroios e são uma banda do cara***!!! O som parece um rolo compressor, orgânico, certinho, perfeito. Jamey Jasta é um óptimo frontman, sempre a incentivar o people sem ser demasiadamente "hardcore" fundamentalista. Acho que está na dose certa. Malha atrás de malha, é como levar com uma daquelas bolas de deitar paredes abaixo. Aquela muralha sonora lá à frente deveria estar do camandro! Sim, porque depois de Exploited, vim apanhar ar e fiquei ali junto à saida. Era impossível furar aquele mar de gente e ir lá para a frente!

Pareceu-me que havia pessoas demais para o espaço que é. Eu fui por minha conta e risco mas se aquela merda dá para o torto, estamos todos fod****!!! Menos pessoal da próxima vez!

Para mim, a razão principal foi Napalm Death. Concordo que o som não estava no seu melhor, mas para mim serviu para levar aquela dose de brutalidade que só Napalm consegue dar. Pena é o concerto ter sido curto, ficando pelos 40 minutos. Mesmo assim, a banda em si tentou dar a melhor perfomance possível na qual o público procurou corresponder.

Quanto a The Exploited e Hatebreed, não curti os concertos destes por aí além. Uma das razões foi mesmo estar cansado, não só pelo concerto de Napalm Death, mas também pelo intenso calor que lá estava. Estava estoirado o suficiente para não conseguir dar a atenção precisa para ambas as bandas. Achei estranho os The Exploited terem terminado assim do nada, agora compreendo a razão para isso. De ambas as bandas, curti mais The Exploited que Hatebreed, eu não sou grande fã de Hardcore, prefiro mais o crust e d-beat pessoalmente.

Não voltarei a pagar 30 euros só para ver uma banda que toca 40 minutos e com um mau som e voltar a sofrer com o calor como o que houve no República da Música.

O momento...



A ver se te pões bom cota e voltas cá. Mas terás de mudar muita coisa agora. Isto foi um aviso.